terça-feira, 4 de junho de 2013

Um dia para o meio ambiente


Preocupam-se todos e olham no céu o tempo. Está mudando. Alguns, em suas regiões, lembram de como era há alguns anos, há alterações já visíveis. Outros não se importam, não veem nada. O Globo está girando. Ocorrem furacões onde antes nunca foram vistos; inundações e descontrole ambiental. Morrem os predadores, as presas fazem a festa. Populações fogem do campo e aglomeram-se em lugares indevidos. O progresso material e seu modelo faz parecer que há algo errado. O país precisa de divisas, exportar, vender sem parada. Governos precisam e vivem de impostos. Empresas precisam competir, faturar para atrair investidores e ficar bem na bolsa de valores. Pessoas querem ficar ricas. Nada vai deter isto. Novas áreas para plantar, novos terrenos para construir. O Globo vai girando. O progresso não pára. A humanidade precisa de outro modelo para progredir. Até agora nenhum deu certo. Nenum “ismo” até agora inventado respeitou o ser humano e o ambiente. O comunismo escravizou as massas e suas fábricas são um desastre para todos. Como equilibrar o progresso, a redução da miséria humana e o ambiente é o desafio para este século.

 Nesta caminhada ideológica, até que a humanidade acerte o passo, fica o desafio de preservar o meio ambiente. O que se vê é o ambiente aqui e acolá meio respeitado. Por que não todo o ambiente respeitado, por que só meio ambiente? A consciência difícil cede à inconsequência fácil e barata. A cegueira do imediatismo e das ideais curtas segue como doença da humanidade. Somos um planeta sozinho no Universo numa viagem sem parada para reabastecimento. Tudo aqui é finito.
Nações de desentendem nas reuniões internacionais, não chegam a acordo, querem proteger seus umbigos esquecendo que o corpo é de todos. Nações são divididas em ricas e pobres, classificadas em desenvolvidas e em desenvolvimento, separadas em primeiro, segundo e terceiro mundo, mas as consequências chegam a todos. A nave Terra dá sinais, mas os cegos seres humanos, passageiros aloucados, fingem nada ver. Funcionam então as resultantes de regimes autoritários e centralizadores que criaram a ideia de que o cidadão não deve se preocupar, pois a centralização cuida de todos e de tudo. Mesmo assim, a muito custo, seguindo os hoje chamados de “eco-chatos”, mas ao meu ver profetas do amanhã, são feitas leis rigorosas, que batem de frente com as iniciativas para construir a infraestrutura nos países em desenvolvimento. Surge uma legislação, órgãos de fiscalização e OnGs do Brasil para vigiar o ambiente, agora já encolhido em bolsões visíveis de últimas reservas do planeta.

Todavia, são insuficientes e serão sempre insuficientes, se a consciência ambiental não estiver em cada cidadão.Não se pode chegar ao ponto de acontecer que se comemore um só dia para o meio ambiente e 364 dias sejam de fogo e destruição do ambiente. Por falta de consciência não é só o ambiente verde que está em jogo, mas o ambiente entre os humanos que já sentem falta de uma identidade natural e nadam em consequências que comprometem os meios de sociabilidade face o stress visual e a insatisfação.
O dito meio ambiente é hoje em geral meio de reparação de fatos já acontecidos. Por exemplo, cortaram os pinheiros no bairro, o que segue-se de multa, notícia na TV, prisão dos responsáveis. Por alguém cortou os pinheiros? Eis a pergunta a ser feita. O mesmo ocorre em selvas e florestas no caso do desmatamento não autorizado entre outras destruições. Invadiram as terras indígenas, e daí, o “meio ambiente” é meio para o progresso de todos, defendem alguns. Por que os alimentos já chegam às fábricas intoxicados e ali tornam-se veneno ao olho dos médicos?
Assim, no dia do meio ambiente, o esforço é continuar aproveitando toda e qualquer oportunidade para conscientizar. Consciência para proteger esta Nave que vai pelo Universo em silêncio em plena solidão numa viagem sem retorno e sem parada para reposição.
Quanto à Sanepar, sua missão tem sido exemplar. Diante dos programas de investimento, os recursos são pesados para a coleta e tratamento de esgoto num esforço corporativo para acompanhar os movimentos da população. O progresso das cidades continuaria de qualquer modo sem água e esgoto, sem o quê o comprometimento seria do ambiente todo. A Sanepar durante década tratou de levar água para a população. Os recursos eram para este fim. Os órgãos fiscalizadores acompanhavam isto adequadamente, respeitando o esforço corporativo e a etapa da construçãodo país e seu histórico. 

Agora e nas as décadas seguintes a época é de levar coleta e tratamento de esgoto a todos e os órgãos fiscalizadores incompreensivamente assumem uma postura controversa e em certos casos radical e exacerbada como se a Sanepar não fosse economia mista da Administração Indireta, criando a situação de órgãos do Estado diminuindo os próprios interesses do Estado. Esquecem que sem Sanepar no Paraná, o meio ambiente paranaense estaria virado em ambiente sem meio para o ser humano. Para a Sanepar todo dia é dia de meio ambiente, norteando suas ações. Por isso ela completou 50 anos de muito trabalho e com muito reconhecimento. A empresa é um meio para cuidar do ambiente da Terra. Aqui tem vida humana trabalhando diariamente para o meio ambiente.

Odilon Reinhardt

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