segunda-feira, 1 de dezembro de 2014




Aos leitores do Blog Advesane.
 
A todos, que em todo este 2014, usaram  seus esforços como seres humanos, sua fé, esperança e determinação para continuar a acreditar em si, em algo e na vida. A todos que viveram os altos e baixos da nacionalidade, quer como canoas, barcos ou iates, eu dedico 2015, como um mar a ser navegado.  
                                              
Ao mar.

O veleiro passa no mar,
catando vento
que o leve para além-mar.

Vai beirando a costa,
pegando força e energia
vai solto como gosta.

Livre, some no horizonte,
é aventura, esperança,
vejo ali dos meus sonhos a fonte.

Quem não pode imaginar o veleiro
em sua tão bela viagem
ainda tem muito de tarefeiro.

Se não pode vê-lo festejado,
chegando ao porto depois da tempestade,
está com seu poder de distração ameaçado.

Depois com sua vela,como nuvem branca,
majestoso sob o céu azul da manhã,
vai partindo em velocidade branda.

Vai pronto para enfrentar os sete mares,
em aventuras e desventuras
para aportar em diferentes lugares. 

Onde chegar será sobrevivência,
será da constância o exemplo,
da determinação a  bela  essência .

É assim que, de ano para ano, cada Ser é ou deveria ser como se fosse este veleiro; enfrenta ondas e mares que só ele sabe o que passou, mas quando se apresenta a uma outra pessoa dificilmente transparece as agruras e as vitórias de sua viagem, a menos que tenha a oportunidade de falar.  Somente abstraindo-se de seu próprio umbigo egoísta e com empatia, alguém encontra possibilidade de olhar sua face e ali desvendar as marcas do tempo e retraçar, em dedutiva aventura, a saga do viver e do conviver do Próximo.
Para todos que viveram 2014, com seus altos e baixos, desejo Feliz Natal. Coloque a bordo os melhores marujos: o da Amizade, o da Honestidade, o da Compaixão, o do Pensamento Positivo, o do Otimismo, o da Ética e do Trabalho. Trace o rumo , vá ao mar de 2015 com as velas enfunadas. Não importando os ventos e a tempestade, sempre haverá uma amanhã melhor. Olhe o horizonte e imagine-se ao final de mais uma viagem, chegando a um porto onde poderá encontrar o grande amor ou preservar o que já tenha encontrado, por em prática seus planos de vida, aprimorar-se e procurar virtude e crescimento.
Em dezembro , que seu veleiro repouse no porto e possa partir para 2015 com dignidade e muito sucesso. Que os mares e ventos sejam bons e ao final do ano, seja igualmente fácil identificar na face que a viagem não deixou marcas de expressão, a não ser a de um sorriso de alegria e satisfação de saber que ainda pode velejar.       
Cada um de nós faz parte da saga humana nesta parte do mundo em sua época. Queiramos ou não, fazemos com nosso navegar, um modo de viver e convier que registra a marca de nossa geração e existência.
Para quem ainda não pode deixar de ser calculista, frio,  interesseiro, e que com sua canoa de um remo só, está tão confiante em seu potencial e ainda impercebível solidão, é bom lembrar que um dia entenderá que se desejar ser veleiro, jamais poderá navegar sozinho, pois caso deseje ter  mesmo resultado,  dependerá da conjugação de esforços, da união de todos, para que sua presença no porto seja a estampa de uma grande harmonia e cooperação.  Mais vale um veleiro chegando ao porto do que uma canoa solitária, desistindo do mar, sendo forçada a voltar para sua praia.
Velejar é sempre um ato de convivência, de cooperação, para chegar a um destino com bons resultados: o porto, sua significação e a felicidade.
Para quem não tiver adquirido a consciência sobre os malefícios do materialismo e individualismo egoístico, há a chance de perguntar-se: Tenho sido um veleiro  ou uma canoa? Até onde irei sendo o que sou? Sendo frio, calculista e levando o relacionamento com as pessoas só como interesse do meu umbigo, até onde irei com minha solitária canoa? Aliás, pergunte se onde está só há canoas ou se todas as canoas estão ali iludidamente pensando ser um veleiro?     

Odilon Reinhardt. 

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