Feliz Natal.
Mais uma vez chegamos a um final de ano. 2015, um dos
mais pesados no cenário da história
nacional, movido a sustos e decepções diárias.
Enfim o desmonte de um sistema
corrupto e danoso para a Nação. Mas desde 1889, só mudou a intensidade, pois os
problemas e as crises sempre foram as mesmas, muitas delas dentro das salas do
mundo político, com portas cerradas para o povo, tradicionalmente alienado. O
Brasil foi crescendo mesmo assim; a vida privada foi se desenvolvendo. Nossos
antepassados nasceram, fizeram a vida, nos trouxeram ao mundo, apesar das
inúmeras crises políticas e econômicas, de modo que agora, o mesmo estamos nós
fazendo e vivendo apesar das crises dos Governos.
Portanto, nesta época, cada um deve evitar que o
mau-humor, as preocupações, as ansiedades e medos do futuro estraguem os
momentos raros reservados à família, aos
parentes, aos amigos e aos colegas mais chegados.
É a época de abstração, de pegar–força para continuar a
caminhada em busca dos objetivos pessoais com mais energia. Necessário se faz ser
otimista, pensar no melhor e valorizar a vida e o que somos e conseguimos.
Abandonar o negativismo orquestrado pelos meios de comunicação com suas más
–notícias diárias e quase sempre politicamente tendenciosas, contagiando o
ambiente familiar e das empresas.
Que cada um procure um momento de clareza e isolamento
quanto ao contexto de desmotivação geral, a fim de buscar a luz no seu interior
e ali ampliar os bons sentimentos e as
sensações honestas e produtivas.
Que possamos todos buscar consciência como início da
revolução do modo de sentir e pensar a vida e a convivência , para que o
existir tenha qualidade e seja melhor e possamos assim somar nosso pessoal
esforço de crescimento interno a um esforço coletivo de progresso humano justo
e sustentável.
Estamos todos num processo inconsciente que precisa ser
parado e substituído. É atitude pessoal e urgente, pois ao persistirmos neste
caminho mau sucedido que tem feito a insossa vida adulta e corporativa, haverá
consequências pessoais e coletivas cada vez mais graves, cada vez mais injustas
e violentas, cujos sinais já estão presentes no dia a dia. Não vemos nas empresas, nas ruas e nas casas
pessoas sorrindo de satisfação, mas sim um silêncio perturbador de quem tendo
razão, só pode olhar para o chão. Ou
pensamos que tudo isto está certo e não dará em coisa errada? Estamos
involuindo da 3ª para a 2ª dimensão e pensamos que está tudo normal. Com esta
cegueira individual e coletiva, veremos logo resultados finais, pois todo
processo tem começo, meio e fim.
Assim, aproveitemos este momento para pensar nossos
pensamentos, comecemos a gerenciar o modo de pensar, para que sejamos sujeitos
dos fatos de nossa vida e não objeto dos mesmos, jogados daqui para lá e vice–versa ao sabor da vontade dos outros
e do tempo.
Comecemos a quebrar este vaso de barro, façamos nosso
próprio presente, buscando a consciência humana, como início de nosso progresso
real e duradouro.
Feliz
Natal.
Odilon Reinhardt