quinta-feira, 14 de maio de 2015




O terrível Português.
 
Sempre tívemos erros de aprendizagem. Os problemas com acentuação, o s, ss, z, ç; m , n antes do b ; l , r ; problemas de acentuação e hífen, declinação de verbos etc. sempre foram constantes, mas mesmo tudo isto sofreu incrível evolução com o tempo e hoje os erros até mesmo de pessoas que passaram por todas as etapas da escolaridade recente, vem apresentando curiosidades terríveis que muito bem refletem um país que se deixou levar pelo império do bico, da aparência, das cores e da imagem, todos ícones de um mundo oral, onde as pessoas estão perdendo rapidamente o hábito de ler e escrever no dia a dia. O vazio, a aculturação, a perda de identidade e o anonimato levam a tal mundo do faz-de-conta e da ilusão, que mascaram a realidade e colocam neblina de dúvida no futuro.

Nem se esqueçamos de mencionar o descaso das autoridades com o sistema educacional, certamente sofrendo com a falta das verbas desviadas ou não aplicadas, pois educação só dá resultado a longo prazo, tempo muito além dos quatro anos da próxima eleição. Mais vale uma praça nova e uma avenida do que um professor bem qualificado e uma criança bem educada e formada. Este é o país de cidadãos robotizados, sem crítica, condicionados e conduzidos por políticos sem comprometimento com a Pátria.

O que passarei a expor é um texto que elaborei a partir de erros de Português, listados por uma colega, mestra em Direito Tributário e doutorando em Direito do Estado na PUC de São Paulo, em decorrência de suas aulas noturnas em turmas de graduação de Direito. Os erros indicam uma terrível falha de aprendizado e denunciam a qualidade de nossas etapas escolares onde há provas e mais provas, que, todavia, deixam passar tais erros de incrível realidade.

Assim, vejamos : “ A impogasão era tanta que os alunos faziam a graduação com autícimas vontades de independização telectual; dedicavão-se a leitura ultir sobre temas involvendo igreja capitalista, direitos humanos, benefícios trazidos pelos teólogos da escola possitivista para apupulação, oculpação do poder pelso musulmanos a favor do lugro, a igreja marxista, a informação livre e assecível, o autíssimo numero de ataques ao abiente, os problemas feudas ainda existentes na sociedade sivil.

De todos os alunos, um sobre-sai porque discutiu sobre o poblema da igreja permutativa e politana onde menbros da sabedoria captau defendem que eles eram e detiam delegações pára não polpar esfforssos para fasilitar que outros menbros produzisem em tempo ábil artefatos que podesem destroir todas as impresas que plegam o mao manuzir do proletariadu. Tau teze deu lacro ( lastro) para o conbate ao liberalino das elite para lipar o mundo como um dissunami.

A nestra professora da graduação, sem muita ameição ( mistura de afeirtção e meiguice) quase provocou um ascidente iquanto o aluno terminava de ler seu testo, pois ela não sabia se ria ou chorava, mais ao levantar da cadeira quase derrubou a meça.

Quando o aluno terminou a leitura, os demais alunos protestarão porque eram contra expropar as compania que existi-se para tal fim. Poriço simplesmente e por uma questã de sub-sistência impiricamente o engoudo do aluno defensor do testop e sua auta significância foi vaiado pela galera.

Mais o conceito foi descutido em pas na aula antes que o asunto tomasse um outro rumo e virase um pavil horrive sobre um tema huniversal que nem a igreja marxista prussiana ( existiu isto?) iria encluir em sua palta. Quem lansaria tal ideia?

Antes que os alunos focem embora, a mestra lhes dice que eles terião e tinhaão que se sentirem abilitados para almentarem o poder de cretica antiológica para ssim apercoarem seu inreequecimetno e se sentiren insentivados para em todas as intâncias descutir o tema, organizano suas ideias para a próssima aula. A professora acrecentou que eles podiam ir organizano um grupo que obtece ressultados comoos outros obtião e precisavão produzir um testo que descora sobre temas paupáveis. Algo que muda-se os autocimos problema dos que trabalhavão do captau, que vive de imprétimos onde poucos ganhão muito e muitos não consegue por em prática os sonho que discidiram ter, disperdisando tempo de vida, com gastos sem reembouço em termos de existência.

Os alunos foram deichados pela mestra que concidera que eles completão o tema com segurança, dez de que fiquem livres para trabalhar. Ela quiz canselar o tema, mais viu que os alunos ganhão muito inquanto existi-se lucratização com o máximo de endependência como sempre tinha cido o ouve em suas aula.

Os da galera querião liberdade e produzião mais se obedecesem a sua orientação. Assim comegaram a producir um novo testo com vontade e aumentarcem sua produzão, sem que isto ivadice suas horas de barzinho e baladas todas as noites com musca da hora e outras coisas mas. No entanto a questão tinha menas implicasões e não era essesão agora.

A professora diante desta tiurma certamente sentiasse solitária em sua sabedoria e siplismente nunca mais apareceu para dar aula, pois sabia que com tais erro a sorte estava lançada para estes graduandos de um Português vaszio e horrível sem futuro , apesar de sua boa vontade e enfinita crinça na faculdade . Ela tinha e terá rasão. E o Brasil ainda vai ser grande com esta geração vídeo-game e shoppingue -center.


É esta então, a compilação que elaborei, horrível, mas poderia ser um pequeno parágrafo na obra de James Joyce .

São estes os pequenos sinais que demonstram que nossa realidade de país e Pátria está dando o que pensar. Não duvido. Talvez alguém leia este texto e não ache erro algum. Será que alunos com tais erros podem realmente entender as aulas de um curso superior e raciocinar a contento? Até que ponto tais defeitos realmente comprometem o aprendizado? Estariam preparados os alunos nascidos no Brasil, com alfabetização em Português, para pensar e entender a Ciência do Direito com suas figuras de retórica, sua lógica e sistema axiológico, suas metáforas que exigem abstração suficiente de uma pessoa habituada a ler e escrever ? Qual a validade da exigência de redação nas aulas de todos os níveis e no vestibular? Qual a reação de ignorância e fisiologismo? São questões que pedagogos e educadores devem responder.

O histórico do analfabetismo no país é grave. O progressivo, mas lento esforço para a alfabetização, tem seus convenientes. A descura com a educação é tradicional. Por volta de 1900, mais de 90% da população era analfabeta. O país progrediu aos trancos e barrancos. Muitos semi-analfabetos foram eleitos ou elevados a cargo executivo, fazendo do país o refém de seus erros. Hoje o semi-analfabetismo é enorme. Saber mais ou menos é ruim e leva a mais dúvidas e frustrações pessoais.

Como está aquela experiência de uma cidade americana de abolir a escrita nas escolas durante o processo de alfabetização ?

Erros de Português escrito eram motivo de muita gozação e denotavam despreparo. Hoje é preocupação para todos. Que país estamos fazendo? A pátria que já viu José de Alencar, Machado de Assis e José Lins do Rego desde então parece desaprender ou aprender mal.

Odilon Reinhardt.