quinta-feira, 25 de abril de 2013

Dia da Terra



Olhamos como seres humanos,
o norte, sul, leste, oeste do universo,
só vemos a imensidão em planos.

Ninguém para encontrar ,
ninguém com quem falar,
ninguém para olhar.

Só nós, girando no espaço,
a Terra e seus habitantes,
confusos entre sucesso e fracasso.

A Terra, o local mais bonito do universo,
composição de Natureza perfeita,
com riquezas que não cabem num simples verso.

Tudo que existe, tudo que temos,
só existe aqui nesta Terra,
céu e terra para vermos.

Dramas, tragédias, guerras e vitórias,
crenças e cerimonias, criações do Humano,
com sua pequenez de vida finita, suas histórias.

Cada Ser envolvido com suas coisas e dinheiros ,
suas agonias e ansiedades para não perder,
não deixar de ganhar ou para controlar seus companheiros.

Criações do cérebro entre o Bem e o Mal,
espaço para o inferno ou o céu,
situações de conflito material e espiritual.

Questões e muito questionamento,
intrigas e confusões pelo poder,
formigas espaciais do firmamento.

Cerimônias, formas e modelos,
a evolução medida e controlada,
os habitantes confinados em seus zelos.

O milagre da vida,
o mistério da morte
e a bola azul,a Terra, em sua inexplicável ida.

Entre o nascimento e o desaparecimento,
o ser humano, com sua arrogância e irresponsabilidade,
negando a verdade de que a Terra é viagem sem reabastecimento.

O ser humano em sua passagem,
inconsequente destruidor, acumulador, pobre viajante,
que da Terra não leva nenhuma bagagem.

Uma geração atrás da outra,
irresponsável saga de morte e destruição,
como se a Terra pudesse ser substituída por moradia outra.

Somem os homens e mulheres pelo seu tempo de viver,
a Terra subsiste, vai girando pelo Universo,
com seres que destoem o que ela tem para oferecer.

O dia da Terra teria que ser comemorado com alegria,
mas hoje já é dia de apreensão, de medo, dúvida,
do modo com que pensamos a nossa própria sinergia.

Estamos cegos pela rotina, pelo dia a dia ,
esquecemos dos momentos de vida ,
da relevância do pensar positivo e da boa consciência como energia.

Viventes desesperados com suas posições,
desejos e ambições,
enfraquecidos facilmente perante a Natureza e suas manifestações.

O Ser humano com seus orgulhos,
suas classificações , suas discriminações,
dá em si mesmo nós e embrulhos.

Perde-se em ódio, amor, raiva, ira,
desejo , depressão, ansiedade, comparações
fica louco , eufórico , triste, alegre; pira.

Monta uma parafernália para se enganar,
cria fantasias , ilusões , circos de cor e sabor,
gera batalhas , competição, conflitos para se incomodar.

Esquece de sua Natureza,
deixa de lado sua verdade,
quer segurar poder e riqueza.

Entre o polo sul e o do norte,
tudo que se passa, só passa aqui,
o Ser Humano fica preso neste forte.

Suas naves vão para o espaço,
em vão quanto à procura de alguém,
a solidão da Terra é tão real quanto sua sorte.

A Terra , então, é nossa única chance,
é nosso céu e nossa terra,
é espaçonave azul de vida de um só lance.

Destruir aos poucos a Terra
é atentado contra a vida,
é crime contra a Humanidade, onde tudo se encerra.

Montamos lunetas,
nossa ciência quer ser observatório,
só vemos o nada das estrelas.

Fazemos tudo para explicar nosso solitário existir,
nossa unicidade e privilégio,
não passamos disso no observar de nosso ir.

Uma viagem com água , terra, fogo e ar,
elementos básicos e finitos da Terra,
todo cuidado ainda é pouco no preservar.


Odilon Reinhardt


terça-feira, 16 de abril de 2013

Tabela OAB para 2013


 
Em março de 2013, a OAB Federal, divulgou os valores mínimos a serem cobrados nas consultas advocatícias, estabelecidos por cada seccional da OAB. Apesar da recomendação de reajustes, contatou-se que entre as 27 seccionais do país, nem todas adequaram a cobrança dos honorários de consultas em relação aos dados divulgados anteriormente, em 2012.

Confira a seguir a tabela vigente para cada Estado:

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Ad Nutum, mas nem tanto

O STF decidiu, por maioria de votos, dar provimento parcial a RExt para assentar que é obrigatória a motivação da dispensa unilateral de empregado por empresa pública e sociedade de economia mista tanto da União, quanto dos Estados, do DF e dos municípios. Por outro lado, os ministros reconheceram expressamente a inaplicabilidade do instituto da estabilidade a estes empregados. Na prática, o STF criou foi um monstrengo incalculável. Os Correios, que foram réus no referido RExt, já perceberam o tamanho do imbróglio, porque há sindicato entendendo que a empresa tem de readmitir os funcionários que foram demitidos sem justificativa. Curioso no caso é que o STF não apresentou o que poderia servir de justificativa para o ato demissionário. Ou seja, é preciso apenas justificar. Assim, se antes a empresa poderia demitir ad nutum, agora tem que motivar, p. ex., que está demitindo fulano porque ele é feiíssimo. Cai-se, aí, na teoria dos motivos determinantes dos atos. Vale dizer, o fulano pode levar a juízo essa discussão sobre a fealdade. E se daqui a alguns anos o TST entender que não, que fulano era feio, mas não tanto para justificar o ato, a empresa terá de readmiti-lo com direito aos proventos desde a demissão. Haja incerteza no passivo trabalhista.

Leia o caso na íntegra...