quarta-feira, 11 de julho de 2012

Discurso do Presidente da Comissão de Advogados da administração Indireta e regimes Especiais

Aconteceu no último dia (5) na sede da OAB PR, em Curitiba, mais um encontro promovido pela Comissão dos Advogados Empregados na Administração Pública Indireta e Regimes Especiais.

Tarcízio Araujo Kroetz, Paulo Henrique Azzolini, Juliana de Andrade 
Colle Nunes Bretas, Guilherme Kloss Neto e José Ailton Garcia


Na ocasião, o discurso foi proferido pelo advogado Paulo Henrique Azzolini - Pós-Graduado em Direito Ambiental, Advogado na Sanepar, Presidente da Comissão dos Advogados Empregados na Administração Pública Indireta e Regimes Especiais, Presidente do Sindicato dos Advogados do Paraná – SINAP e Presidente da Associação dos Advogados Empregados da Sanepar - ADVESANE. Confira na íntegra o discurso:


Uma missão a favor do país. 

Todos como advogados temos uma missão renovada diariamente. Na profissão que escolhemos, de caso em caso, de situação em situação, renova-se o compromisso com a legalidade, com a ética, com a moral, com·os princípios e valores de nossa Nação. O advogado não deve jamais esmorecer. O acúmulo de tarefas e a rotina não devem banalizar e vulgarizar a profissão. O advogado tem a obrigação de manter-se atual, porque a sociedade evolui dia a dia e o Direito deve atender ao povo, ao cidadão que faz o país e a Nação.

No contexto atual que tem envolvido a vida política do país, a propalada crise de valores e princípios fica ainda mais acirrada e grave. Todavia, em contrapartida, é gerado um anseio, a ansiedade do cidadão em ver tudo isto combatido e os responsáveis punidos. A população anseia por uma limpeza institucional e política. A legislação e as decisões do Judiciário têm, passo a passo, procurado corresponder ao anseio do cidadão.

O recado já foi dado, hoje temos a legislação sobre Improbidade Administrativa, Lei do Urbanismo, Lei da Informação, Lei da Ficha Limpa, Lei da Responsabilidade Fiscal, Pec do Trabalho Escravo, etc. Todas estas são uma boa e clara demonstração de que o cidadão quer honestidade, transparência na gestão pública, quer ética e moral na política e também na conduta individual.

É também o advogado, o profissional que vai zelar pela aplicação da lei. Em cada caso, em cada situação profissional, é o advogado o profissional que zela e sempre zelará pela legalidade. Através de defesas judiciais, pareceres e consultas, é o advogado que deve atuar com sabedoria na interpretação da lei, garantindo seu respeito e dignidade no exercício da profissão.

A vontade do cidadão de ver o fim da corrupção e dos grandes esquemas coexiste com um mundo que move-se rapidamente dentro das premissas do individualismo e do materialismo; a globalização comercial e seus interesses chegam mais rápido, espalham-se em notícia e nas campanhas publicitárias. O cidadão, diante· do quadro atual tem se mostrado desnorteado quanto ao certo e o errado, desconcertado pela "quantidade de notícias ruins e pessimistas, perturbado pelas mensagens subliminares da propaganda. O cidadão sente-se oprimido e é mantido nesta camisa de força, mas ainda é na essência brasileiro, é cidadão e deve receber reforço e proteção no crédito que ainda tem dado às  instituições e à lei. Sem isto a Nação perde, o país empobrece pela alma. 

Este crédito, este restabelecimento do Justo e honesto deve também continuar a ser lapidado diariamente pelo exercício da advocacia na Administração Direta e Indireta, é dever superior do advogado zelar pela aplicação da legislação; nenhum advogado pode ser perseguido funcionalmente, ameaçado ou demitido por isso.

Pareceres, defesas ou consultas, por vezes contrariam interesses, dizem "'não" aos gestores; o advogado tem que ser resguardado em seu direito de contrariar na tentativa de orientar e achar uma solução legal para as atividades das empresas onde trabalham. Há no país o anseio atual, a vontade de acabar com essa cultura política, esse sistema de financiamento de campanha, esse sistema de enriquecimento ilícito, que utiliza o dinheiro dos tributos recolhidos por empresas e pessoas honestas, que usa a Administração Pública como balcão de negócios e manobras de interesses pessoais. 

A Constituição é cidadã, a legislação que a ela obedece é cidadã, existe para o povo do país, seu bem-estar e felicidade. Nossa missão é nobre, superior e Iegítima. A OAB tem dado um extremado apoio a nossa Comissão dos Advogados da Administração Indireta e Regimes Especiais, de modo que estamos aqui reunidos neste segundo evento nacional para discutir nossas questões e reforçar o propósito de nossa missão. Do mesmo modo, O Sindicato dos Advogados do Estado do Paraná -SINAP em sua nova gestão estará atento quanto à liberdade do exercício da profissão com suas portas abertas ao diálogoe entendimento no propósito de garantir que a missão do advogado possa ser realizada como fluxo normal num país de base constitucional sólida,  reforçada e confirmada diariamente para atender aos anseios de todos os cidadãos.
Odilon Reinhardt

Transparência e acesso à informação em debate na Seccional

Transparência, corrupção, gestão pública e acesso à informação são assuntos que estarão em debate nesta sexta-feira (6), no 2º Encontro Nacional dos Advogados Empregados na Administração Direta e Indireta e Regimes Especiais, aberto na noite de quinta-feira (5), na OAB Paraná. A secretária-geral adjunta da OAB, Juliana Colle Bretas, abriu os trabalhos, destacando o empenho das comissões da Seccional no aperfeiçoamento da advocacia e da Justiça.

O presidente da Comissão dos Advogados Empregados na Administração Pública Indireta e Regimes Especiais da OAB Paraná, Paulo Azzolini, que organizou o evento, disse que é dever superior do advogado, na administração direta e indireta, zelar pela aplicação da legislação. “Pareceres, defesas ou consultas, por vezes contrariam os gestores. O advogado tem que ser reguardado em seu direito de contrariar na tentativa de orientar e achar uma solução legal para as atividades das empresas onde trabalham”, afirmou.

A primeira palestra foi proferida pelo juiz federal Anderson Furlan, sobre “Gasto oficial e sua transparência” (foto). Furlan, que é diretor da Escola da Magistratura Federal do Paraná, discorreu sobre a Lei da Transparência, cujo projeto foi elaborado pela OAB Paraná e pela Apajufe – Associação dos Juízes Federais do Paraná. “Essa lei é hoje uma referência nacional, porque vai muito além da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Lei de Acesso à Informação”, afirmou. Furlan presidia a Apajufe quando o projeto foi elaborado como um dos resultados do movimento “O Paraná que queremos”.

Na solenidade, a comissão divulgou uma moção de apoio às iniciativas legislativas que visam criar e estruturar a carreira de procurador de empresa pública federal. Também participaram da abertura, o diretor tesoureiro da OAB Paraná, Guilherme Kloss Neto, e representantes e diretores jurídicos de empresas públicas como a Paraná Previdência, Campagás, Caixa Econômica Federal, Cohapar, Correios, Sanepar e Urbs.

O evento prossegue nesta sexta, com mais seis palestras sobre o papel da procuradoria dos municípios, combate à corrupção, horário especial do advogado, Lei de Acesso à Informação, terceirização do serviço jurídico e direito administrativo. Entre os palestrantes estão os professores José Affonso Dallegrave Neto, Eneida Desirée Salgado, Phillip Gil França, e ainda o procurador José Anacleto Abduch Santos, o procurador Fabrício Haddad Figueira e o deputado federal Fernando Francischini.

Transparência e acesso à informação em debate na Seccional